Relação Patologias e Suplementos
Algumas patologias e sua relação com os suplementos
OBESIDADE
A obesidade se desenvolve quando o aporte de calorias é maior que o
gasto energético do indivíduo. O excesso de energia se deposita sob a
forma de gordura no tecido adiposo A obesidade nos indivíduos reflete a
interação entre fatores dietéticos e ambientais com uma predisposição
genética. O uso de alguns suplementos alimentares pode auxiliar na perda
ponderal do obeso, e ainda contribuir com a redução das doenças que
podem aparecer por conta do quadro nutricional destes pacientes. A
utilização de suplementos que visam aumento do metabolismo e/ou perda
ponderal de peso e massa gorda (termogênicos, CLA e TCM) é interessante
para obesos, desde que sejam administrados com cautela devido aos seus
efeitos adversos e os fatores de risco causados pela obesidade. O uso da
whey protein seria positivo, pois ela tem a capacidade de auxiliar na
perda de peso, através de suas elevadas concentrações de cálcio lácteo
que inibem hormônios calcitrópicos responsáveis pela deposição de
gordura, além de estimular o aumento de massa muscular, tecido do corpo
metabolicamente mais ativo.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
A
Hipertensão arterial sistêmica (HAS) consiste em uma síndrome
caracterizada pela presença de níveis pressóricos elevados associados a
alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofia
cardíaca e vascular) A pressão arterial é diretamente proporcional ao
débito cardíaco e a resistência nos vasos sanguíneos ao fluxo de sangue.
Quaisquer fatores que interfiram nestes parâmetros podem levar à
hipertensão arterial. Dentre os suplementos contraindicados para
pacientes com hipertensão, estão os termogênicos, que de modo geral
possuem substâncias simpaticomiméticas que tem a capacidade de elevar a
pressão arterial e aumentar a frequência cardíaca. A ingestão de
suplementos com elevado teor de sódio também não é recomendada, devido à
relação bem documentada entre a ingestão de sódio e a hipertensão
arterial em animais e no homem. No caso de pacientes hipertensos, a
suplementação oral de L-arginina com o intuito de aumentar a produção de
oxido nítrico pelo endotélio não é recomendada. Geralmente estes
pacientes já fazem uso de hipotensores para controle da HAS e o uso de
substâncias vasodilatadoras pode potencializar o efeito do medicamento,
causando efeitos indesejáveis. A whey protein possui peptídeos bioativos
que inibem a ação da ECA, enzima que catalisa a formação de um potente
vasoconstritor, sendo benéfico para pacientes hipertensos.
DIABETES MELLITUS
A Diabetes Mellitus é um grupo de doenças caracterizadas por altas
concentrações de glicose sanguínea resultantes do “defeito” na secreção
de insulina ou ação da mesma. Também estão presentes anormalidades no
metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios. A utilização de
suplementos que contenham carboidratos de alto índice glicêmico ou
frutose, para indivíduos diabéticos ou que possuam resistência à
insulina, só deve ser recomendada por profissionais que estejam
acompanhando o controle metabólico do paciente diabético. Alguns outros
suplementos que interferem no metabolismo dos lipídeos ou carboidratos
podem não ser indicados para pessoas com diabetes. A ação do CLA sobre o
metabolismo lipídico, pode levar à alteração no metabolismo da
insulina. O picolinato de cromo tem sido utilizado como forma de
tratamento oral para diabéticos, pois tem sido está associado tanto ao
aumento da ação da insulina, como ao aumento do número de seus
receptores Os dados científicos para indivíduos diabéticos com relação
ao consumo de proteínas ainda são escassos.
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
A encefalopatia hepática (EH) é uma síndrome com sintomas neurológicos e
mentais, se apresentando em diferentes graus de gravidade, sempre
secundária à enfermidade hepática e freqüentemente associada com
hipertensão portal. A não metabolização hepática de substancias
nitrogenadas procedentes do intestino resulta na intoxicação cerebral da
encefalopatia. Atualmente, a suplementação da dieta com aminoácidos de
cadeia ramificada (BCAAs) em longo prazo tem demonstrado eficácia em
diminuir as complicações hepáticas e melhorar o estado nutricional. Uma
nova alternativa terapêutica consiste na manutenção de níveis baixos de
zinco ou na administração de 2 aminoácidos, a L-Ornitina e L–Aspartato
(LOLA) que procuram melhorar a metabolização da amônia em nível
hepático. Em alguns casos há prescrição hipoproteica com propósito de
evitar lesões mais sérias no fígado.
DOENÇA RENAL CRÔNICA
A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por queda progressiva do
ritmo de filtração glomerular com consequente perda das funções
regulatórias, excretórias e endócrinas dos rins, podendo comprometer
todos os outros órgãos do organismo. A restrição da ingestão proteica na
DRC como estratégia para retardar a progressão da doença tem sido
avaliada em diferentes estudos. A hiperfosfatemia e o aumento do produto
fósforo-cálcio podem favorecer a precipitação de fosfato de cálcio no
tecido renal, e assim acelerar a progressão da DRC. Qualquer paciente
com DRC tem recomendações nutricionais específicas para a ingestão de
proteína, carboidratos, calorias, lipídeos, sódio, potássio e fósforo,
portanto suplementos protéicos, ou que contenham grandes quantidades de
sódio, fósforo e potássio devem ser evitados.
FONTES DE PESQUISA journal of medicine , journal of nutrition, ACSM
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