A arginina é um aminoácido condicionalmente essencial, ou seja, em
condições normais, o organismo consegue sintetizá-la, porém, em
determinadas situações, como períodos de rápido crescimento celular (na
infância e em certas doenças), é necessário adquiri-la por meio da
dieta. É comumente utilizada pelos atletas com intuito de incrementar a
massa muscular, encurtar o período de recuperação entre os treinos,
aumentar a força e o desempenho na atividade física.
A arginina pode ser encontrada em alimentos genericamente ricos em proteínas, como a carne, peixe, leite e derivados.
É comumente utilizada pelos atletas com intuito de incrementar a
massa muscular, encurtar o período de recuperação entre os treinos,
aumentar a força e o desempenho na atividade física.
A administração oral de arginina tem sido relacionada com a melhora
do desempenho físico por provável diminuição da fadiga muscular. Esse
efeito seria associado à vasodilatação promovida pelo óxido nítrico,
resultando no aumento da perfusão muscular, e pela diminuição do consumo
de glicose pelos músculos esqueléticos em atividade.
O óxido nítrico (NO) é um gás (molecular) que consiste na ligação
co-valente entre um átomo de nitrogênio e um átomo de oxigênio. A sua
produção no organismo humano ocorre quando o aminoácido L-arginina é
convertido em L-citrulina numa reação catalisada pela enzima óxido
nítrico sintetase (NOS). Como a administração prolongada de arginina
aumenta a produção de óxido nítrico, sua suplementação tem sido
relacionada à melhora da função contráctil do músculo esquelético.
Estudo realizado por Santos et al. demonstraram melhora da resistência à
fadiga em indivíduos submetidos a suplementação oral de arginina (3g
por dia) durante 15 dias.
Por outro lado, a suplementação de arginina pode também estar
associada à melhora da força contráctil através de uma maior síntese de
proteínas musculares em períodos de administração mais prolongados
quando realizada concomitantemente a um programa de exercícios
resistidos. Pode-se considerar a hipótese de que o próprio efeito de
melhora de perfusão da musculatura esquelética venha a contribuir para
melhor qualidade do treinamento com pesos, tendo como resultado ao longo
do tempo uma potencialização dos efeitos do treino com maior aumento de
massa muscular e força contráctil.
Referência (s)
ANGELI, Gerseli; BARROS, Turíbio Leite de; BARROS, Daniel Furquim
Leite de e LIMA, Marcelo. Investigação dos efeitos da suplementação oral
de arginina nenhum aumento de massa e força muscular. Rev Bras Med
Esporte [online]. 2007, vol.13, n.2, pp. 129-132. ISSN 1517-8692.
Waitzberg DL, Logullo P. Proteínas. In: Waitzberg DL, editor.
Nutrição Oral, Enteral e Parenteral. 3ed. São Paulo: Atheneu; 2000. p.
35-54.
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